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Curiosidades gastronômicas… a Dobradas ou Tripas à Moda do Porto

Curiosidades gastronômicas…

Um pouco de história sobre… a Dobradas ou Tripas à Moda do Porto!

No século XV, em época das chamadas Descobertas marítimas portuguesas e em fase de construção da muralha fernandina, houve que transferir a fábrica de construção de navios (para as nossas expedições por mar) para o areal de Miragaia (atual localização da Alfândega do Porto).

Segundo Fernão Lopes, este estaleiro naval tornou-se no maior do país e reza a lenda , que foi neste contexto que terão sido criadas as Tripas à Moda do Porto.

Segundo a história, o Infante D. Henrique veio ao Porto, em 1415, controlar o andamento dos trabalhos no estaleiro. “Consta que o Infante estava satisfeito, embora um pouco preocupado porque achava que os trabalhadores conseguiriam fazer mais. Confidenciou ao Mestre Vaz que as embarcações serviriam para a conquista de Ceuta e, por isso, era preciso fazer um grande esforço.”

Em resposta, o Mestre Vaz terá assegurado que os esforços seriam aumentados. Decidiu reunir os seus homens, que, por sua vez, falaram com os restantes habitantes da cidade. Em conjunto, decidiram oferecer toda a carne da cidade aos marinheiros. Em terra, ficariam só com as sobras: as tripas.

Ora, logo os moradores da zona inventaram uma maneira de cozinhar as tripas e, com isso, ganharam a alcunha de tripeiros. Na verdade, apesar de existirem, pelo mundo fora, várias receitas que utilizam as tripas, só no Porto é que a alcunha dos nascidos da cidade coincide com o prato típico.

Esta é uma das lendas, mas mais existem, que importa conhecer. Desengane-se quem pensa que a receita que chegou aos dias de hoje é a original. “A receita teve uma evolução ao longo dos tempos, pois o feijão só chegou à Europa no século XVII. Até aí, as tripas eram servidas estufadas em fatias de pão”.

Para além da lenda passada na época dos Descobrimentos, que parece ser aquela que recolhe maior aceitação, existem outras histórias que tentam dar explicação ao nascimento deste prato. Numa outra versão desta mesma lenda, os barcos não iriam para Ceuta, mas sim para Itália, por causa dos casamento do Infante D. Henrique e de D. Pedro.

A lenda mais antiga data do século XII e refere que o prato terá surgido quando o Bispo do Porto decidiu apoiar a frota das Cruzadas. Uma outra situa a história no Cerco do Porto, em 1832. “Sabe-se que realmente houve vários problemas no centro da cidade e a fome ia crescendo. Como truque para superar a falta de alimentos, as pessoas inventaram a receita dos miúdos porque não tinham carne.

História gastronômica com #PortugalDescomplicado


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